A
busca nao cessa. Tem fases que a calmaria permeia. Mas também, momentos em que,
de repente, o tumulto reina.
Para
mim, essa busca eh a escolha de um caminho também chamado de espiritualidade -
que eh representado por varias estradas, que traduzo como “busca pela essência,
pelo Ser”.
Entre
idas e vindas, passei por algumas delas – budismo, espiritismo, catolicismo –
buscando respostas para as questões como “qual meu proposito de vida?”.
Mas,
de verdade, buscava por um manual do bem-viver – “os 365 passos para uma vida
física, mental e emocionalmente plena.”
Um
manual que me desse, passo a passo, o que fazer para ser feliz – ah, e de
preferencia, ja traduzido, de fontes seguras eh claro, para o português. E como
seriam 365 dicas, eu so teria que colocar, uma por dia, em pratica. E que me
desse um antidoto para o sofrimento, que tirasse de vez a minha dor, que me
deixasse o tempo todo feliz, de forma plena. So isto.
Algo
que me ensinasse a lidar com meu corpo, minha compulsão, minha ansiedade,
minhas frustrações.
Em
busca desta resposta, continuava no caminho, mudando de estrada a cada
frustração por nao encontrar “a formula magica”.
Em
muitas vezes, caminhando sozinha, na compulsividade dos livros, cursos, ia me
aprofundando na confusão. E a frustração me afastava cada vez mais daquela
estrada, me deixando, em alguns momentos, completamente sozinha e infeliz –
sera que nao vou encontrar este manual?
A
cada mudança, imperava a motivação de recomeçar, sedenta, a jornada, esperando
a cada segundo o ápice, a resposta. O manual.
Com
Yoga e Vedanta nao foi diferente – entrei esperando novamente, além da
“filosofia com as formulas do bem-viver”, a pratica de uma atividade física que
fizesse parte deste manual. Algo que, através das minhas acoes, me fizessem
plenamente feliz.
Ja
tinha ouvido tantas coisas sobre Yoga – que “acalmava a mente”, “que me traria
equilíbrio”, “que me deixaria mais zen” – mas eu queria mesmo era a filosofia
“do bem viver” que me deixasse cada vez mais longe da dor, que eliminasse, como
num passe de magica, os problemas.
So que
agora, as descobertas de que eu sou o observador de minhas acoes, de que nao
preciso de uma nova experiência, e sim, apenas entender a minha natureza, de
que a paz, a calma e a tranquilidade eu ja sou, me mostram que minha nova estrada
esta me levando, em essência, a grande resposta : de que nao existe nenhum
manual que me trará a felicidade – afinal, em essência, eu so preciso entender
que ja sou plenamente feliz!
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