quinta-feira, 28 de maio de 2015

O dia em que a "chave virou"




Muitas “chaves viram” em nossa cabeça, ou seja, muitas experiências que nos levam a insights e consciências nos conectam ao nosso ser essencial – aquele que simplesmente eh.
Voltando de uma viagem de ferias, vivi um dos momentos mais marcantes de minha vida – e nao foi uma pane na aeronave. Mas sim, uma pane em mim.
Estava super atrasada para o embarque,  o  que me obrigou correr para poder atravessar aquele enorme aeroporto por cerca de 15 min.  Além do peso das bagagens, tive que lidar com os meus 135 kgs.
Quando cheguei no ponto de embarque, um susto – as sensações físicas de  falta de ar, sem folego, sem conseguir respirar, nao me permitiam me recuperar daquela corrida. Parecia que meu corpo estava desconectado de minha cabeça, e a sensação de dor no peito me fez pensar que estava tendo um infarto.
Apos muita “agua com açúcar”, e as pessoas me ajudando, fui respirando e voltando ao normal – porem, aquele susto nunca mais me deixou ser a mesma pessoa.
Durante os quinze minutos da corrida, o foco era apenas chegar ao local a tempo – e nao sentia mais meu corpo, minha respiração e nem a dor de carregar tanto peso.
Mas depois de me recuperar, a marca ficou – e o voo de 8hrs. de volta foram realmente, momentos de tensão.
Ali, a angustia de ver o filme de 38 anos de vida passarem em flashs de alegrias e questionamentos, me fizeram entrar em uma angustia profunda – o que estou fazendo com a minha vida? O que estou fazendo comigo?
Apesar de estar com toda a família, era como se estivesse sozinha num vazio que me fazia repensar a cada instante sobre todo aquele episodio, e nao conseguia conversar nem compartilhar com ninguém o que sentia – precisava, realmente estar sozinha, mergulhada nas lembranças de minhas experiências, mas principalmente, naquele episodio de 15 min. de uma linha tênue entre vida e morte.
Nao queria morrer, era muito jovem, afinal, tinha apenas 38 anos – mas a dor de continuar viver a vida que vivia e saber que esse seria meu futuro – a morte – me fez chorar.
Me sentia completamente perdida e sozinha, insegura e fragilizada por perceber a morte tao próxima – por razoes tao obvias - razoes estas que dependiam apenas de minhas decisões para que algo mudasse – afinal, o que realmente a comida estava preenchendo em minha vida?
As 8 hrs. me levaram a perambular por profundas duvidas e incertezas, e me senti, principalmente, muito infeliz. O que vou fazer? Sera que vou ter saúde e me sentir saudável e bem?
Era incrível perceber que, apesar dos meus 135 kgs. – estampados na fivela do cinto do avião, com extensor (algo que realmente atenuou ainda mais minha vergonha e sofrimento) – eu estava uma mulher “invisível”.  
Chorei copiosamente lagrimas de sangue, porem, tentava ficar em silencio, mas nao conseguia – minha alma clamava por socorro naquele momento, pedindo que, pelo amor de Deus, eu realmente mudasse o rumo de minhas escolhas.
Naquele momento de dor e profundo sofrimento, a “chave virou” – percebi, como se as pecas do quebra-cabeca se encaixassem – o que tinha que fazer para mudar algo – ou melhor, para “ser a pessoa que realmente Sou!”. E, a partir daquele instante, minha essência falou mais alto, dando inicio a jornada de união com a misteriosa forca do Universo. 

sexta-feira, 22 de maio de 2015

A doença como caminho

O inicio da jornada foi pelo corpo – o cansaco era fenomenal, sem explicação – porem, minha mente atribuía ao excesso de trabalho.

Ate que, uma bola no pescoço foi crescendo - e, com a suspeita de uma infecção, medicada, apos uma semana, tudo voltou ao normal. Em partes.
Dias depois, a bola voltou a crescer – agora, com mais intensidade – e o cansaco, aumentando! Preciso trabalhar menos, eu pensava.
Mas decidi ir a minha medica – afinal, ja era tempo de passar para um check-up. Com a suspeita de um tumor, fui ao medico indicado.
Cheguei no consultório, e fiquei confusa – o que estou fazendo no consultório de um oncologista? Oncologista cuida de câncer?

Me sentia confusa, era como se a realidade externa estivesse longe e desconectada de minha essência.
Entre muitas consultas e exames, levava a minha vida de trabalho, lazer, estudos, e sentia que tudo aquilo era apenas parte da rotina.
Chegou o diagnostico – cancer!!! Um linfoma....
A reviravolta – em 15 dias, fiz duas cirurgias, e iniciei a quimioterapia – e a angustia, nao pela doença em si, mas por toda a mudança que ela gerou em minha vida – tive que me desfazer de minha casa, mudar de cidade (fui morar no interior, na casa de meus pais), abandonando sonhos, projetos, perpectivas que estavam além, muito além da doença – e, assim, vi minha vida desmoronando. 
Nao tive muito tempo para pensar – a “urgência” de se iniciar o tratamento me levou a nao pensar muito em possibilidades – fui “conduzida” no caminho de uma quimioterapia – afinal, qual o outro remédio para um cancer? Eh ficar careca, debilitada, rendida em nome da cura.
Mas, ainda assim, nao conseguia realmente perceber que estava doente – tinha apenas uma bola no pescoço, disfarçada com muitos lenços, que foi retirada em uma pequena cirurgia.
Primeira quimio, me sentia muito bem! Doente, eu? As pessoas me diziam – nossa, você vai ficar bem.... e eu realmente nao entendia – como assim, estou bem, estou ótima..... Precisava ser, e me mostrar, forte!
2a.quimio, cabelo curto – novo visual – e a confirmação : VOCE VAI FICAR CARECA!
Meu mundo caiu, a doença se materializou, e meu coração chorou....
Ali, realmente desabei em meio a todos, e, despida de todas as mascaras, me permiti chorar minha doença. Eu ainda tinha esperança de nao perder os cabelos. Tive muitos sentimentos misturados – alegrias, vazios, dores, sofrimentos, confusão, duvida, mas, naquele momento, precisava VIVER!
E o meu conhecimento de vida era trabalhar, estar com a família, amigos - e minha família foi a base para esta caminhada - e sou imensamente grata a cada um deles, meus pais, minha irma Priscilla (guerreira, companheira, amiga, parceira da perda de cabelos), e meus irmãos Patricia e Marcello.  
Mas, a busca para responder a questão continuava : quem, afinal, sou eu? E agora, com mais perguntas : o que eh esta doença em minha vida? O que tenho que aprender com tudo isto?
E nesta busca me deparei com a Ayurveda e decidi retomar o Yoga – e ali, entre os asanas e a busca do algo a mais que o Yoga podia me proporcionar, cai em Vedanta. 
Tudo isto entrou na minha vida pela busca da cura – física, e também, da alma.
Confesso que, a medida que estou estudando, ainda me sinto confusa, sem realmente entender o que estava sendo dito – e isto eh frustrante.
Nao desisti, na certeza de que, apesar do mundo continuar o mesmo, as pessoas e situações serem as mesmas, eu estou modificando minha consciência presente a cada momento, entendendo que tudo que esta fora eh circunstancial e nao abala meu EU que simplesmente eh, em essência.

E este caminhar requer dedicação, esforço, disciplina e o entendimento de que a vida eh como eh – e que eu JA sou aquilo que busco ser!


quinta-feira, 14 de maio de 2015

Yoga e Vedanta em minha Vida!!!


O INICIO DE UM NOVO CAMINHAR

Era uma manha de julho. Minha mae me acordou as 5h30 para a aula de Yoga. Mas, na verdade, eu queria dormir – afinal, era uma adolescente de ferias. Durante a aula, muitos movimentos e respirações... Respira, respira, respira, e desmaio. E também, desisto.

Porem, no desenrolar de minha vida, existia uma grande busca pelo SER – eh, ele mesmo, com letra maiúscula – mas, quanto mais buscava, mais me frustrava pois a questão permanecia – quem realmente sou, e qual o proposito da vida?

Entre idas e vindas por cursos, leituras, dos mais variados temas, fui navegando pela onda do auto-conhecimento – e posso dizer que andei por todos os lugares possíveis e imagináveis. Ate que cai na Cabala. De cabeça, e coração.

Nos profundos ensinamentos da Cabala, ainda faltava algo. Algo ligado ao corpo, que eu nao sabia explicar.

Um belo dia, o diagnostico. Um câncer de pescoço. Ali, algo mudou – a cura, na minha cabeça e no meu coração era certa -  e realmente aconteceu – mas o grande ponto da doença era : o que esta experiência vai me ensinar?

Com a doença, comecei a questionar tudo isto, e me perguntar se realmente aquilo era necessário – e a grande questão era : “Em nome de que tudo isto?”. E assim, muitas mudanças na vida – inclusive, mudança de hábitos, de qualidade de minha vida.  

Comecei a estudar tudo que podia sobre ela, e como me curar – alias, uma dinâmica minha muito natural – tudo que vivo, gosto de estudar sobre o assunto, me aprofundar – e repassar, de alguma forma este conhecimento – e como coach, uma de minhas atividades, faco isto com prazer e alegria.

Minha busca sobre alimentação, me levou a Ayurveda – tema que me apaixonei, e que me ajudou muito no processo de cura – nao so pela alimentação, mas também, pela filosofia.

E ali, reacendeu a chama do Yoga, agora com a maturidade e a consciência de que nao precisava ser as 5h30 da manha do mes de julho. E me entreguei, mas a busca continuava.

Durante as aulas de Yoga, além dos asanas, buscava o que estava por tras – eu queria mais, e a Bia, minha professora, me falou sobre o Jonas Massetti (vedantaonline.org) 

Comecei com o curso on-line grátis, me inscrevi na turma regular – tinha um chamado no meu coração de me aprofundar neste caminho, por puro fluir, sem forcar. E ao mesmo tempo, a Ayurveda e o Yoga me acompanhavam.

Porem, dias antes do Vedanta Camp de fev/15, acordei e disse : nao da, realmente nao consigo entender nada do que o que esta sendo dito – esta muito difícil para mim – mas, no meu coração, o chamado era forte demais para desistir naquele momento.

Fui ao Camp como “ultima cartada” – e, confesso, entrei uma pessoa, e sai outra. Os ensinamentos ficaram cada vez mais claros, e realmente comecei a encontrar as respostas que por anos buscava : eu ja SOU aquilo que busco, a consciência imutável, e meu “personagem” precisa aprender a viver esta vida para se encontrar com este EU essencial. Precisa aprender que tudo no Universo eh uma única consciência, e que este Eu nao sera encontrado através de acoes e situações materiais, mas sim, através do conhecimento. E o grande esforço vem sendo o de praticar estes ensinamentos no dia-a-dia.


Assim, posso dizer, com gratidão e alegria, que minha jornada me trouxe ate aqui, com muitas bencaos e a certeza de que agora estou no caminho certo de SER! E que, este lindo caminho, eh uma estrada sem volta. 

Namaste!

(Texto desenvolvido para o programa de qualificacao de instrutores do vedantaonline.org - Leiam tambem o texto publicado de Bianca Vetoratto no vedantaonlie.org)

Bem vindo!


Uma pergunta : existe, dentro de você, uma questão ainda não respondida sobre quem você eh, qual o proposito de tudo isto ?

Bem vindo! Este espaço foi criado para compartilhar com você um conhecimento que pode responder muitas questões profundas de sua essência!



Uma tradição que vem passando, de mestre a discípulo, por longos anos, mantendo a essência do aprendizado intacta, e atual. 


Acredito que estamos em um momento magico de Ser, na essência – expressando 
nosso melhor, mesmo em situações que a vida nos coloca obstáculos.

Para isto, viva suas verdades com autenticidade, seja transparente com você, reflita a cada momento sobre suas escolhas, agradeca, e viva o presente!

Essa pode ser a melhor forma de se viver!
Namaste!