terça-feira, 30 de junho de 2015

VIVER COM VOCE





A vida vivida
Atraves do ego, eh como
O deslumbre de um
Cavalo quase cego.





Caminhando na ilusao 
Rumo a felicidade, 
Nao desfruta o sabor
E esplendor da totalidade. 





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domingo, 21 de junho de 2015

A coragem de SER!

Uma das qualidades essenciais para ingressar na jornada espiritual eh ter coragem.

A coragem de olhar para você, de verdade; de olhar os outros além dos personagens; de aceitar tudo exatamente como eh. E com isto, encontrar a tao sonhada felicidade, paz e plenitude.  

Desde que me conheço por gente, venho exercitando minha coragem – eh, porque tenho certeza que ela nao nasceu comigo assim, de bandeja – tive que ir, aos poucos, me apropriando dela.
Iniciei a trajetória de minha jornada espiritual com terapia – algo que, na minha família, era pouco falado, e arrisco dizer, pouco aceito.

Mas estava em um momento, aos 24 anos, que nao poderia deixar tudo pra la – tinha que encontrar um caminho para olhar o turbilhão de ideias, pensamentos, loucuras que moravam dentro de mim, sem pedir licença.

Falava pouco, esperando ouvir da terapeuta o que ela queria ouvir, e ai sim, me colocar – afinal, tinha a pretencao de agrada-la, TAMBEM! Doce ilusão – o silencio, determinado por mim, permeava a sala, o tempo que fosse necessário para eu rompe-lo.

Os trabalhos corporais eram feitos com os olhos fechados – ou melhor, um deles meio entreabertos, para nao perder o controle – afinal, o que eu iria enxergar me dava tanto medo - e assim, tentava controlar cada passo.

Apesar da resistência, existia dentro de mim a coragem – que era exatamente do tamanho que eu precisava para, naquele momento, dar o próximo passo.
Eu precisava acreditar que ia conseguir.


E, a medida que o processo ia se desenrolando, fui me apropriando cada vez mais de coragem, pois entendia que aquele caminho me levaria ao lugar que queria tanto encontrar.  

Com o estudo de Vedanta nao foi diferente – ouvindo as primeiras aulas, algo me chamou atenção – e, por mais uma vez, entendi que deveria experimentar aquele percurso.
Em determinados momentos, quase desisti – mas novamente, movida por acreditar que aquilo me dizia algo, me permiti continuar experimentando.
Essa experiência tem me levado a construir uma nova relacao com as coisas, pessoas e situações - sem rótulos, crenças, roupagens. 

Mas também, a relação comigo vem aflorando a necessidade de me tornar “ninguém”, ou seja, alguém que vive livre de conceitos, julgamentos, rótulos.
Dificil entender? Eu também ainda tenho certa dificuldade de explicar – ainda estou caminhando na minha jornada espiritual, mas hoje digo que sou movida pela coragem, que me permite experimentar olhar para a minha relacao com o mundo de outra forma, completamente livre de achar que a felicidade, a plenitude, a paz, possam ser alcançadas através das pessoas, situações ou coisas. 

Algo que, sinceramente, precisa ter muita coragem para acreditar!

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sábado, 6 de junho de 2015

Espiritualidade e suas expectativas

A busca nao cessa. Tem fases que a calmaria permeia. Mas também, momentos em que, de repente, o tumulto reina.

Para mim, essa busca eh a escolha de um caminho também chamado de espiritualidade - que eh representado por varias estradas, que traduzo como “busca pela essência, pelo Ser”.

Entre idas e vindas, passei por algumas delas – budismo, espiritismo, catolicismo – buscando respostas para as questões como “qual meu proposito de vida?”.

Mas, de verdade, buscava por um manual do bem-viver – “os 365 passos para uma vida física, mental e emocionalmente plena.”
 
Um manual que me desse, passo a passo, o que fazer para ser feliz – ah, e de preferencia, ja traduzido, de fontes seguras eh claro, para o português. E como seriam 365 dicas, eu so teria que colocar, uma por dia, em pratica. E que me desse um antidoto para o sofrimento, que tirasse de vez a minha dor, que me deixasse o tempo todo feliz, de forma plena. So isto.

Algo que me ensinasse a lidar com meu corpo, minha compulsão, minha ansiedade, minhas frustrações.   

Em busca desta resposta, continuava no caminho, mudando de estrada a cada frustração por nao encontrar “a formula magica”.

Em muitas vezes, caminhando sozinha, na compulsividade dos livros, cursos, ia me aprofundando na confusão. E a frustração me afastava cada vez mais daquela estrada, me deixando, em alguns momentos, completamente sozinha e infeliz – sera que nao vou encontrar este manual?

A cada mudança, imperava a motivação de recomeçar, sedenta, a jornada, esperando a cada segundo o ápice, a resposta. O manual.

Com Yoga e Vedanta nao foi diferente – entrei esperando novamente, além da “filosofia com as formulas do bem-viver”, a pratica de uma atividade física que fizesse parte deste manual. Algo que, através das minhas acoes, me fizessem plenamente feliz.
 
Ja tinha ouvido tantas coisas sobre Yoga – que “acalmava a mente”, “que me traria equilíbrio”, “que me deixaria mais zen” – mas eu queria mesmo era a filosofia “do bem viver” que me deixasse cada vez mais longe da dor, que eliminasse, como num passe de magica, os problemas.

So que agora, as descobertas de que eu sou o observador de minhas acoes, de que nao preciso de uma nova experiência, e sim, apenas entender a minha natureza, de que a paz, a calma e a tranquilidade eu ja sou, me mostram que minha nova estrada esta me levando, em essência, a grande resposta : de que nao existe nenhum manual que me trará a felicidade – afinal, em essência, eu so preciso entender que ja sou plenamente feliz!